'Todo filho precisa de um pai, que lhe dê suporte para poder crescer, se desenvolver' disse Gilberto do Amaral, IBPT.
Para tentar reverter a curva de mortalidade dos pequenos negócios, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) lançou, ontem, um serviço gratuito que vai ajudar microempreendedores individuais e pequenos empresários a administrar seu negócio, a diagnosticar erros e a encontrar caminhos para evitar problemas futuros. É o PAI, sigla de Programa de Assessoramento Intensivo do Micro e Pequeno Negócio, um sistema de gestão empresarial que poderá ser usado por empreendimentos com faturamento até R$ 360 mil.
O programa tem módulos sobre preço médio de mercadorias e serviços, controle de estoque, controle patrimonial, de cálculo e projeção de custos dos funcionários, aluguel, financiamentos, entre outros. "É um recurso com características de uso de grandes e médias empresas com foco nos pequenos negócios", explica o presidente do Conselho Superior do e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. Ele afirma que não existe outro nome mais apropriado para o projeto. "Todo filho precisa de um pai, que lhe dê suporte para poder crescer, se desenvolver. A pequena empresa no Brasil tem a mesma necessidade", compara.
Funcionamento – Os módulos do PAI serão personalizados de acordo com o ramo do negócio. E serão disponibilizados depois do preenchimento de um cadastro no site (www.pai.org.br), e com base nas respostas dadas pelo empresário a respeito da sua atividade. Assim que efetuar o cadastro, as perguntas virão por e-mail. O módulo do cálculo dos tributos incidentes na atividade, por exemplo, será elaborado de acordo com o anexo corresponde na tabela do Simples Nacional e das especificidades do negócio.
Outra peculiaridade do sistema é o envio de alertas e informes com dados regionais do mercado para melhor gerenciar o negócio. No módulo fluxo de caixa inteligente, por exemplo, onde o empresário vai lançar as contas a pagar e a receber, nos casos de desequilíbrio financeiro, o sistema envia um alerta e traça cenários, permitindo ao dono do estabelecimento fazer simulações de atitudes a serem tomadas para reverter a situação da empresa.
De acordo com o presidente do IBPT, mais de 2 mil empresários estão testando versões pilotos da plataforma e há milhares de pedidos em andamento. A ideia é que a quantidade de usuários seja distribuída para diversos ramos de atividade.
Outra inovação da plataforma é que o sistema se adapta ao seu próprio uso. Por exemplo, se o empreendedor, ao acessar o aplicativo, entra primeiro no fluxo de caixa e de uma forma frequente, com o tempo, o sistema abrirá nesse módulo. E a ferramenta poderá ser acessada de qualquer lugar, inclusive de um tablet.
O instituto se responsabiliza pela segurança e confidencialidade das informações prestadas pelos usuários. Para utilizar o serviço, o pequeno empresário assina um termo em que autoriza o encaminhamento das informações para um banco de dados, utilizado pelo IBPT para a realização de estudos estatísticos sobre o segmento. "Com as informações, é possível saber, por exemplo, o número de notas fiscais emitidas, o faturamento e os preços praticados em diferentes regiões do País", explica Amaral.
Fonte: Diário do Comércio
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