quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um pai para os pequenos negócios



'Todo filho precisa de um pai, que lhe dê suporte para poder crescer, se desenvolver' disse Gilberto do Amaral, IBPT.


Para tentar reverter a curva de mortalidade dos pequenos negócios, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) lançou, ontem, um serviço gratuito que vai ajudar microempreendedores individuais e pequenos empresários a administrar seu negócio, a diagnosticar erros e a encontrar caminhos para evitar problemas futuros. É o PAI, sigla de Programa de Assessoramento Intensivo do Micro e Pequeno Negócio, um sistema de gestão empresarial que poderá ser usado por empreendimentos com faturamento até R$ 360 mil. 
O programa tem módulos sobre preço médio de mercadorias e serviços, controle de estoque, controle patrimonial, de cálculo e projeção de custos dos funcionários, aluguel, financiamentos, entre outros. "É um recurso com características de uso de grandes e médias empresas com foco nos pequenos negócios", explica o presidente do Conselho Superior do e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. Ele afirma que não existe outro nome mais apropriado para o projeto. "Todo filho precisa de um pai, que lhe dê suporte para poder crescer, se desenvolver. A pequena empresa no Brasil tem a mesma necessidade", compara. 
Funcionamento – Os módulos do PAI serão personalizados de acordo com o ramo do negócio. E serão disponibilizados depois do preenchimento de um cadastro no site (www.pai.org.br), e com base nas respostas dadas pelo empresário a respeito da sua atividade. Assim que efetuar o cadastro, as perguntas virão por e-mail. O módulo do cálculo dos tributos incidentes na atividade, por exemplo, será elaborado de acordo com o anexo corresponde na tabela do Simples Nacional e das especificidades do negócio. 
Outra peculiaridade do sistema é o envio de alertas e informes com dados regionais do mercado para melhor gerenciar o negócio. No módulo fluxo de caixa inteligente, por exemplo, onde o empresário vai lançar as contas a pagar e a receber, nos casos de desequilíbrio financeiro, o sistema envia um alerta e traça cenários, permitindo ao dono do estabelecimento fazer simulações de atitudes a serem tomadas para reverter a situação da empresa. 
De acordo com o presidente do IBPT, mais de 2 mil empresários estão testando versões pilotos da plataforma e há milhares de pedidos em andamento. A ideia é que a quantidade de usuários seja distribuída para diversos ramos de atividade. 
Outra inovação da plataforma é que o sistema se adapta ao seu próprio uso. Por exemplo, se o empreendedor, ao acessar o aplicativo, entra primeiro no fluxo de caixa e de uma forma frequente, com o tempo, o sistema abrirá nesse módulo. E a ferramenta poderá ser acessada de qualquer lugar, inclusive de um tablet. 
O instituto se responsabiliza pela segurança e confidencialidade das informações prestadas pelos usuários. Para utilizar o serviço, o pequeno empresário assina um termo em que autoriza o encaminhamento das informações para um banco de dados, utilizado pelo IBPT para a realização de estudos estatísticos sobre o segmento. "Com as informações, é possível saber, por exemplo, o número de notas fiscais emitidas, o faturamento e os preços praticados em diferentes regiões do País", explica Amaral. 
Fonte: Diário do Comércio

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